• tentando desde 2005!

    As Horas


    AS HORAS
    Ode à um Lobisomem


    E as horas, pobres horas!
    Que se arrastam pelo chão,
    Ilustradas por ponteiros,
    ressoadas por cordão.

    Eu espero as pobres horas
    que virão e passarão.
    Lua sumindo ao clarear do dia,
    diminuindo a depressão.

    Esqueço de olhar as horas,
    Que virão e passarão.
    Que soam o ontem em baladas
    que todos esquecerão.

    E minha vida se arrastando,
    Se arrastando como horas de cordão.
    Ressoada por lamúrias,
    Aprisionada por maldição.

    E os vagalumes, vagabundos,
    Piscam ao meu olhar
    Que não consegue enxergar
    a beleza do luar.

    E as horas... Se arrastando...
    Se arrastando pelo chão...
    Escapando por entre os dedos,
    Fugindo de minhas mãos!

    E as horas, pobres horas
    Rastejando sem ação.
    Correm secas nas escadas,
    Correm mortas no porão.

    /poema tão antigo que nem sequer lhe lembro o ano. Talvez 2004.

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