tag:blogger.com,1999:blog-173777262024-02-28T17:56:38.664-03:00IntentarTente-me ou mate-me!I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.comBlogger85125tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-45469883730875724612014-06-29T23:28:00.001-03:002014-06-29T23:28:05.298-03:00Sem Título<p dir="ltr">Sinto sua pulsação<br>
Entrelábios<br>
E entre eles<br>
Meuprazer<br>
E entrelábios e <u>meuprazer</u><br>
Você</p>
I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-31516736336353768642012-08-11T12:33:00.001-03:002012-08-11T12:33:55.675-03:00Sobre Bibliotecas e outros vícios<div class='posterous_autopost'><p style="text-indent: 1cm;"><div class='p_embed p_image_embed'> <img alt="3goqrh5uuiohe5zb8vqqmblao1_500" height="327" src="http://getfile0.posterous.com/getfile/files.posterous.com/temp-2012-08-10/CEwrqDzqrciFuoAbeElIFnrvansvvavGnaHBrcIcuDkaFjtDEihwtjGJAbBd/3gOqRH5UUiohe5zb8VQQmBlao1_500.jpg.scaled696.jpg" width="500" /> </div> <br />Não basta apenas gostar de ler, deve-se gostar de LIVROS – os objetos físicos, em suas lindas cores, formas, tamanhos e cheiros. Até mesmo aquele irritante corte de papel torna-se prazeroso – “se cortou como?”, “num livro”, respondemos, com orgulho. E, sendo assim, não basta apenas gostar de livros... Consequentemente, gosta-se de bibliotecas. Então devemos criar (nossas bibliotecas, digo). Qual bibliófilo não sonha com um gigantesco templo repleto de livros, de todos os períodos e lugares do mundo, de capas velhas e novas, cheio de primeiras edições, edições raras, edições que não existem, de livros que ele ainda não leu, mas vai ler (vai, sim!)? Quem nunca sonhou em ter uma biblioteca fantástica assim?</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">E com as bibliotecas, bem, vêm as livrarias. Bibliotecas não seriam possíveis sem livrarias, que vendem os benditos livros. E então, amamos as livrarias também, por suas estantes, sua organização por temas, seus livros novos... E amamos os sebos também.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Ah, os sebos!</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Pouca coisa na vida é mais orgásmica que um bom sebo, com um dono gentil e prestativo, que nos ajuda a encontrar aquele livro fora do mercado atual, aquela edição, aquele autor... Um sebo com cadeiras e poltronas, onde você se esquece do mundo – passa a hora do almoço, chuva cai, carros colidem... Mas nem notamos, esquecidos dentro de um livro, uma estante, uma busca incessante.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">As imagens são várias: as curvas de livros e livrarias e sebos e bibliotecas todas se tornam atraentes e tentadoras. Quando vemos alguém lendo no ônibus ou no metrô, esticamos o pescoço pra tentar fisgar o título ou o autor, julgar se é um bom livro ou não, se conhecemos aquela história, e, quando conhecemos e gostamos, talvez até fazer um audacioso comentário gentil para esse estranho surpreendente, que compartilha de nosso gosto particular.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Quando, por um motivo ou outro, nosso gosto é mais solitário, e nos encontramos em lugares nos quais ninguém que conhecemos compartilha de nossos deliciosos vícios de papel, basta ter os benditos papéis para sentir-se melhor. O amor por livros e bibliotecas é o tipo de paixão que gosta de ser dividida, é claro, mas que quando isolada, faz o mesmo bem. Quem tem muitos livros desenvolve um prazer particular em mostrá-los, com orgulho, para os amigos, mas esta não é uma condição <em>sine qua non</em> para nos sentirmos orgulhosos ao encararmos nossas estantes.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">O bom apaixonado também nunca para de mexer nelas, de arrumá-las e rearrumá-las infinitas vezes, porque a quantidade de livros que chega sempre demanda uma reorganização, e porque, ora bolas, mexer nos livros nos faz bem! Mesmo aquela poeira que sobe nos faz bem, e aqueles mais precavidos ou alérgicos já sabem: a boa e velha máscara descartável na farmácia faz milagres. Se o apaixonado em questão for ainda mais meticuloso, vai sacar um par de luvas de látex do bolso e começar a remexer nos seus livros, dando sempre uma espanada neles, quando da ocasião da adorada rearrumação.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Que dá trabalho, dá.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">E muito.<div class='p_embed p_image_embed'> <img alt="Tumblr_l7bv3s8j8e1qaxm50o1_500" height="334" src="http://getfile4.posterous.com/getfile/files.posterous.com/temp-2012-08-10/osdncBrhcpxDcAdaxJFCaujkulrFcCzEynFAkhlyCAmxCpppvEpkbybcsaCC/tumblr_l7bv3s8j8e1qaxm50o1_500.jpg.scaled696.jpg" width="500" /> </div> </p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Às vezes, temos vontade de desistir, especialmente quando, por ventura, herdamos vários livros, ou compramos muitos e nos esquecemos de anotar quais... O viciado que gosta de manter alguma ordem, talvez uma simples lista dos livros que possui, tem um trabalho enorme pela frente, se o caso supracitado for o seu. Título, autor, editora, ano, encadernação, ISBN, ilustrador... Tantos são os detalhes intrínsecos nesse objetos! E naqueles cujas informações são escassas, o assombro e a curiosidade é ainda maior. “Desse, eu não sei nada!” diz o leigo, “deve ser uma edição rara!”.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Mas pouco importa as raridades, isso é para os fracos.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">O que nós queremos são livros... Montanhas de livros, rios, everestes! Que coroem nossas camas e salas, que suas pilhas sejam maiores que a televisão de última geração, e que a primeira coisa que as pessoas digam quando entrem em nossas casas seja: “nossa, quanto livro!”. Nossos amigos e colegas nos conhecem como “aquela pessoa que está sempre com um livro debaixo do braço”, e que mesmo aqueles mais distantes, sabendo que você tem muitos livros, volta e meia te aborde e pergunte: “alguma sugestão?”.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Sim, temos <em>muitas</em> sugestões!</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">E também gostaríamos de ouvir outras!</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Acontece, como acontece com a maioria de nós, que cedo ou tarde acabamos enfrentando um problema de ordem física e possivelmente irreparável: o espaço é inversamente proporcional à quantidade de livros que adquirimos. É seguro dizer que boa parte desses viciados não têm condições de comprar espaços/casas/galpões de acordo com o tamanho crescente de sua biblioteca, então é necessário fazer sacrifícios.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">É claro, esses sacrifícios <em>não</em> incluem “parar de comprar livros”, porque isso está fora de questão e invalida toda a tese de viciados em bibliotecas.</p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Quando falo em sacrifícios, refiro-me à estética. Rapidamente aprendemos que aqueles animaizinhos de cerâmica que enfeitam aquela prateleira da sala são realmente vulgares, e como aquele lugar ficaria mais bonito se substituíssemos todos aqueles apetrechos de ordem decorativa por livros. Afinal, não há nada mais estético do que um bom livro, certo? E nós sabemos que sempre há espaço para livros num cantinho especial da cozinha.</p> <p style="text-indent: 1cm;"><div class='p_embed p_image_embed'> <img alt="Tumblr_l8gr0kffck1qzupj0o1_500" height="375" src="http://getfile5.posterous.com/getfile/files.posterous.com/temp-2012-08-10/cggmkAFfivqAjCJCHoeaeftIaqlGnqGtuHaerujJBlACqtgfbcbEDoymAmod/tumblr_l8gr0kFfcK1qzupj0o1_500.jpg.scaled696.jpg" width="500" /> </div> </p> <p><span style="font-size: 19.0pt; font-family: Georgia,serif; font-variant: small-caps; color: #4f3600;">“</span><span style="font-size: 19.0pt; font-family: Georgia,serif; font-variant: small-caps; color: #4f3600;">A good library will never be too neat, or too dusty, because somebody will always be in it, taking books off the shelves and staying up late reading them.</span><span style="font-size: 19.0pt; font-family: Georgia,serif; font-variant: small-caps; color: #4f3600;">”</span></p> <p><em><span style="font-size: 19.0pt; font-family: Georgia,serif; color: #4f3600;">Lemony Snicket</span></em><em><span style="font-size: 19.0pt; font-family: Georgia,serif; color: #4f3600;"> </span></em></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span> </span></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span> </span></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span> </span></p> <p style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span> </span></p> <p> </p></div>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-59495088861090881892012-08-11T00:54:00.001-03:002012-08-11T00:54:06.710-03:00equívoco<div class='posterous_autopost'><p> <p style="text-align: center;"><strong><span style="font-size: 72.0pt; font-family: Arial,sans-serif;">EQUÍVOCO</span></strong></p> <p style="margin-bottom: 10.0pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;">Não se pode, no entanto, categorizar expressamente a questão do poderio então abordada num sentido estrito de manganês e potássio. Há, todavia, que se considerar a catequização hermética que se dá no tocante ao supracitado, tornando, assim, qualquer diálogo impossível. Outrossim, é necessário abrir mão de certas características dadas para elaborar um projeto mais evoluído e, dessa forma, constar nos anais da didática como algo esotérico. Faz-se necessário uma melhor abordagem sintética das idas e vindas periodicamente anunciadas na cartilha de mês, evitando a repetição esdrúxula do que se passa em cada ascensão ou porto paralelo do estritamente necessário. Enviesando para uma questão meramente prática, precisamos saber como lidar com a estrutura categórica dos elementos previamente apontados como olhos falhos ou em forma de cone, pois sem eles é impossível clarificar a questão envolvendo os hormônios interpessoais que transbordam de avidez quando da emulsão dos seres característicos da troca epifânica. Todavia, não se pode desprender da energia paralela o grotesco conceito da terceira dimensão esperada das factualidades dos fatos abordados inesgotavelmente em periódicos e panfletos estatutários ou de cunho acabrunhado. Não podemos permitir que fatores megalomaníacos interrompam na cisão esperada dos seres e, dessa forma, na compreensão total da sociabilidade inquestionável da manobra requerida. Invariavelmente cotada como persona non grata, se faz necessária a presença de críticos e escríticos portadores de documentos elucidados e devidamente emulsados em bálsamo. Com isso em mente, podemos prosseguir no debate, ainda que incessante, da criação de espermas prognósticos ao consumo teórico da práxis. Baseado no pensamento corrente, é sabido que não é uma questão funcional o debate intrínseco da leitura evasiva, atualmente aplicada a todas as ilegibilidades conhecidas e, no entanto, acontece.</span></p> <p style="margin-bottom: 10.0pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm; line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial,sans-serif;">Portanto, o autor em voga encontra-se equivocado em suas conjecturas.</span></p> <p style="text-align: justify;"> </p> </p></div>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-77379598550398885492012-07-09T13:40:00.001-03:002012-07-09T13:40:29.022-03:00O AdeusNão mais intenções.<br />
Não mais sorrisos frouxos, tardes de domingo, dias mornos e lentos...<br />
Não mais fraquezas, franquezas, falsas frases, verdadeiros olhares.<br />
Não mais você, jamais.<br />
Não mais presentes, cartas guardadas, abraços de graça, cabeças abaixadas.<br />
Não mais cinema, Veríssimo, risadas sem sentido.<br />
Não mais paciência, impaciência, paciência...<br />
Não mais você... Jamais.<br />
Já, mais!I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-4276523490732674382011-07-29T02:41:00.001-03:002011-07-29T02:46:13.881-03:00(re)inícioPois é.<br />
<br />
Não é que o Intentar esteja de volta. Não mesmo. Apenas decidi disponibilizá-lo novamente, afinal... bem, por nenhum motivo em especial.<br />
<br />
Divirtam-se.<br />
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Provavelmente não haverá nada de novo.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-78144923422240580392010-12-22T18:11:00.002-03:002010-12-22T18:11:41.537-03:00Nota FinalEstamos encerrando nossas atividades nessa url.<br />
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<br />
<br />
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"><b><span style="font-size: x-large;"><a href="http://lumenegro.posterous.com/">LumeNegro.posterous.com</a></span></b></div>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-90038514811826506712010-03-30T14:40:00.000-03:002010-03-30T14:40:14.040-03:00Fotos de HistóriasContrariando a tradição do Intentar (e da póstuma Plasfera), publico hoje não um texto, mas um álbum de fotos. Fotos essas que me são tão queridas quanto muitos textos por aí.<br />
<br />
Tiradas durante o curso de Contação de Histórias do Grupo Zumbaiar (2009), foram momentos inesquecíveis para minha formação como pessoa. Muitas saudades batem no meu peito, muitas saudades de diferentes rostos, vozes e jeitos... Muitas saudades mesmo.<br />
<br />
<br />
<embed allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" bgcolor="#" class="xg_slideshow" flashvars="feed_url=http%3A%2F%2Fzumbaiar.ning.com%2Fphoto%2Fphoto%2FslideshowFeedForContributor%3FscreenName%3D2gjeocfj95dsu%26mtime%3D1269917531%26x%3DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr%26x%3DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr&autoplay=1&config_url=http%3A%2F%2Fzumbaiar.ning.com%2Fphoto%2Fphoto%2FshowPlayerConfig%3Fx%3DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr%26xn_auth%3Dno%26feed_url%3Dhttp%253A%252F%252Fzumbaiar.ning.com%252Fphoto%252Fphoto%252FslideshowFeedForContributor%253FscreenName%253D2gjeocfj95dsu%2526mtime%253D1269917531%2526x%253DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr%2526x%253DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr%26version%3DDEP-3912%253Acdc427e_50_50_11&slideshow_title=&fullsize_url=http%3A%2F%2Fzumbaiar.ning.com%2Fphoto%2Fphoto%2Fslideshow%3Ffeed_url%3Dhttp%253A%252F%252Fzumbaiar.ning.com%252Fphoto%252Fphoto%252FslideshowFeedForContributor%253FscreenName%253D2gjeocfj95dsu%2526mtime%253D1269917531%2526x%253DS5bFSfcq0U3X5H0gIjq9DwALa3F2rdLr" height="394" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" quality="high" scale="noscale" src="http://static.ning.com/socialnetworkmain/widgets/photo/slideshowplayer/slideshowplayer.swf?v=201003221300" type="application/x-shockwave-flash" width="500" wmode="opaque"></embed> <br />
<small><a href="http://zumbaiar.ning.com/photo/photo">Veja mais fotos como esta em <i>Zumbaiar</i></a></small><br />
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Porque de vez em quando a gente não se segura...I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-54789729254372470442009-12-11T16:12:00.000-03:002009-12-11T16:12:14.945-03:00Mis últimas palabrasMis últimas palabras, cuando mis amigos lloravan. Mis últimas palabras, que nadie escucho. Mis últimas palabras: por quién lloran, ¿vosotros?<br />
<br />
¿Por quién?I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-85429151679768069622009-12-11T15:58:00.002-03:002009-12-11T15:58:54.853-03:00Poema Ambulanteque não pára quando eu peço<br />
que não liga se o atropelo<br />
que não sente o meu afeto<br />
que morre em processoI.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-37745376670589244592009-10-09T17:44:00.000-03:002009-10-09T17:45:15.025-03:00Não ria de HelenaEles acham que me fizeram cega<br />Mas não sabem que vejo<br />a expressão e a história<br />em cada rosto<br />que não me cumprimenta pela manhã.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-52534869390213516212009-10-01T19:46:00.000-03:002011-06-17T16:41:19.873-03:00Ronaldo tinha um carroRonaldo tinha um carro que batizou de Ribeira (<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 153, 0);">?<span style="color: rgb(51, 153, 153);">!</span></span>).<br />E de fato, Ronaldo e Ribeira conversavam <span style="font-style: italic;">tanta</span> besteira!<br /><br />Era óleo, parafuseta, motor, radiador, válvulas e bombas que não acabavam mais!<br />O filho de Ronaldo tinha até medo de morrer -- um medo até demais.<br />I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-62704424191917324102009-09-30T18:54:00.002-03:002010-03-30T14:55:11.177-03:00Gabriela e sua janela amarela<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 100%;"><b><span style="font-family: Georgia;">GABRIELA E SUA JANELA AMARELA</span></b></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Gabriela, como todas as outras iguais a ela, tinha uma casa com várias janelas.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Gabriela, como todas as outras iguais a ela, gostava de olhar através delas – daquelas já ditas janelas.</span><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Mas Gabriela, não como as outras iguais a ela, tinha uma janela diferente em cor e tramela.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Gabriela tinha uma janela amarela, da cor de sonho e de trela.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E por ela observava, dia e noite, noite e dia – a toda hora que podia.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E uma história nova daquelas olhadelas sempre aparecia.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Seus pais e amigos, mais do que aturdidos, pensavam: “o que será que há com ela?”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E Gabriela, toda educada e bela, apenas dizia: “é apenas aquela bela cor amarela!”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Mas aquela janela de Gabriela era muito mais que amarela. Era mágica mesmo, uma verdadeira aquarela.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E por ela Gabriela via passar cidadelas, ruelas, capelas, velas, querelas, donzelas...</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Tantas eram as histórias mais do que belas!</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E corria aos seus amigos, para contar-lhes as histórias de perigos.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E todos ouviam, e todos pensavam: “Gabriela, Gabriela, essas histórias, quem te revela?”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Seria mesmo a tal janela amarela?</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Dia e noite, noite e dia – e sempre uma história nova se fazia!</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">“Gabriela, Gabriela, essas histórias, quem te revela?”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E Gabriela apenas sorria e dizia: “é apenas aquela bela cor amarela!”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Mas aquelas histórias...</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Devia ser mesmo a tal janela amarela!</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Janela aquarela,</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">que soprava com sua cortina as histórias no ouvido de Gabriela.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E pela janela Gabriela olhava e se encantava...</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E assim o tempo passava... Para ela, suas histórias e sua janela.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Um dia, Gabriela cresceu.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">Virou professora do maternal</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">e sua janela amarela, Edifício Empresarial.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">O mais estranho, porém, é que Gabriela continuava a mesma: bem diferente do que chamamos normal.</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E com mais e mais histórias, num eterno carnaval!</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E os amigos mais antigos, e seus pais queridos:</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">“Gabriela, Gabriela, essas histórias, não era a tal janela amarela?”</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;"></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 100%;">E Gabriela, sempre educada e bela, apenas dizia:</span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: Georgia; font-size: 11px;"><span style="font-size: 100%;">“era apenas aquele mundo-aquarela!”</span></span></div>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-7875845952466976412009-09-30T12:53:00.000-03:002009-10-16T11:03:14.810-03:00Minhas miríadesMinhas míriades mantém massivamente místico meus mais malfamados mistérios...I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-47294355750967922892009-07-10T11:58:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Bem-casadoNão se tem mais amores<br/>Acabou-se o doce<br/>Sofreu horrores<br/>Morreu quem pôde.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-54545034529220162192009-07-10T11:23:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Sussurros vespertinos“Boa noite, meu anjo”<br/>Disse o pássaro em canto.<br/><br/>“Boa noite, cidade”<br/>Disse o sol em bondade<br/><br/>“Boa noite, estrelas”<br/>Disse o céu a colhê-las<br/><br/>“Boa noite, ninguém”<br/>Disse eu em desdém.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-30191429856879175882009-06-12T13:27:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00A FlorO que é A Flor?<br/>Poesia melosa e sem inovação?<br/>Milagre da vida desprezado?<br/>Clichê dos namorados!, mas e então?<br/><br/>Prova do absurdo do mundo<br/>ou do teu amor? (da tua falta de criatividade!)<br/>Perfume, sentimento profundo?<br/><br/>O que é A Flor?<br/><br/>- Oras, A Flor...<br/>é só uma flor.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-52738096436590408592009-05-30T17:53:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Crônica de uma revolta juvenil"Poesia de gente grande", dizem eles. Porque juventude é sinônimo de burrice e insensibilidade em seus dicionários. Aquele pobre menino da seresta de sexta-feira era muito mais "gente grande" do que a maioria daqueles velhos hipócritas.<br/><br/>Mas elogiaram a obra dele: poesia de gente grande, disseram, como se gente pequena (e ele não era realmente 'pequeno') não sentisse nada - ou pior, não fosse capaz de transformar sentimento em palavra.<br/><br/>Velhos hipócritas.<br/><br/>Não sentiam nada quando eram mais jovens, a não ser a ambição de serem grandes. Hoje, depois de velhos, sentem inveja daquele jovem que é melhor do que eles jamais serão.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-50781377094455160062009-05-30T17:49:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Solidão/Verdade<pre>Minha <span style="color:#ff0000;"><strong>SOLIDÃO</strong></span> é <span style="color:#800080;"><strong>VERDADE</strong></span>:</pre><br/>enquanto no ônibus, entre um suspiro e outro,<br/>vi escrito nos muros da cidade.<br/><br/>----------<br/><br/><em>Eu vou dar um jeito de scannear isso pra ficar realmente "visual".</em>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-35769091509263675842009-05-30T17:45:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00PreocupaçãoPRÉ-ocupação: eis a origem da palavra.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-14886086807494899002009-05-25T18:37:00.000-03:002011-06-17T16:41:19.882-03:00writer's blockBuscando Inspiração... Você não viu ela por aí, viu?<br/><br/> <br/><br/><em>"Verba volant, scripta manent"</em>I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-9857279048956016072009-05-25T18:27:00.001-03:002009-10-08T13:27:09.912-03:00Intenção<strong>INTENTAR</strong> v. tr.<br /><blockquote>1. Ter ou formar o intento de, projetar. 2. Diligenciar, empreender. 3. Dir. Formular ou propor em juízo.</blockquote><br />***<br /><br />Esta é a reencarnação da <em>Plasfera</em>, mas como toda reencarnação, foi só a cara que mudou - a alma continua a mesma. Inicialmente, foi criada em outubro de 2005, no Blogger.com, onde ficou até março de 2009. Mas essas mudanças climáticas me obrigaram a mudar, e cá estou. Por quanto tempo, só o tempo dirá...<br /><br />O <strong>Intentar</strong> renasce com as mesmas idéias da Plasfera: poesias, contos e crônicas. Alguns podem fazer sentido. Outros, nem tanto. E se fizessem, qual seria a graça?<br /><br />É o seguinte: Novo Acordo Ortográfico, tudo bem. MAS MEUS TREMAS NINGUÉM TASCA!<br /><br />Esteja avisado.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-77169523809014678632009-05-07T18:40:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Sobre os outrosVivem, e por isso sentem rancor.<br/>Vivem, e duvidam da vida.<br/>Vivem, e de suas mãos, dor.<br/><br/>Sobre os outros<br/>nenhuma explanação condensa<br/>tudo aquilo que todos pensam<br/>dos outros<br/><br/>-----------------------------------------<br/><br/>E há ainda toda essa poesia<br/>dentro de mim<br/>que não condiz<br/>com o vocabulário que conheço<br/>minhas palavras? afresco.I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-4999827700532038622009-05-07T18:36:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Eu & as pessoasA primeira pessoa me irrita<br/>profundamente.<br/>A segunda, nem tanto.<br/>Nessa fila, pessoas infinitas...<br/>primeira, segunda, milésima...<br/>E quem é que fica?I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-74574022134105337232009-05-07T18:33:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.895-03:00Pena & o poetaTenham pena do poeta!<br/>Que assim, só com uma pena<br/>pena para peneirar<br/>pencas de pensamento<br/>para passar poesia pertinente<br/>a pessoas-pouco-pacientes...<br/><br/>Uma pena...<br/>Só<br/>(uma)<br/>pena<br/>para o poeta...I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17377726.post-88393993102578857702009-04-23T17:10:00.000-03:002009-10-08T13:07:30.896-03:00Inexplicável<p style="text-align:left;">INEXPLICÁVEIS<br/><em>Para Débora</em><br/><br/>Todo dia tem uma noite:<br/>Pra quê o dia insiste em nascer?<br/><br/>Então, pra quê?<br/><br/>Toda música tem um refrão:<br/>pra quê a música insiste em tocar?<br/>Uma hora o vinil acaba:<br/>tenho ou não tenho razão?<br/><br/>Toda tristeza é um vício:<br/>pra quê insiste em voltar?<br/>Um dia ela pára:<br/>todo mundo sabe disso...I.P. Araújohttp://www.blogger.com/profile/16012171175079036545noreply@blogger.com0