CARNAVAL Nº I - Colombina.
"Madrugada"
COLOMBINA
- Pierrot,
A manhã 'inda nem chegou
Não tenha pressa, deixa a festa 'contecer
A orquestra 'inda nem parou,
A vida 'inda nem 'cabou,
Falta muito pra nós dois, meu amor.
Tem uma madrugada toda à nossa frente,
Não me importa mais seu nome
É a noite das nossas vidas, Pierrot,
Deixa, que o mundo explodiu
E a gente nem notou.
Deixa, que a Ponte não saiu
Do lugar que ficou
Você 'inda vai 'travessá-la quando voltar
Para a sua casa,
O seu lugar.
Deixa, pois nós nem nos vimos
No Sábado de Zé Pereira
Ou no domingo debaixo da bandeira
Do Bloco da Saudade, Pierrot.
Olha as estrelas lá em cima
Olha o Galo lá na pista
Olha as meninas de artista.
Olha a vida, Pierrot
Nessa madrugada que finda
Nesse baile que acaba
Nessa banda que para
Nessa vida que agarra
toda a vida da gente.
CORO DE MÁSCARAS
A manhã 'inda nem chegou
Não tenha pressa, deixa a festa 'contecer
A orquestra 'inda nem parou,
A vida 'inda nem 'cabou,
Falta muito pra nós dois, meu amor.
Tem uma madrugada toda à nossa frente,
Não me importa mais seu nome
É a noite das nossas vidas, Pierrot,
Deixa, que o mundo explodiu
E a gente nem notou.
Deixa, que a Ponte não saiu
Do lugar que ficou
Você 'inda vai 'travessá-la quando voltar
Para a sua casa,
O seu lugar.
Deixa, pois nós nem nos vimos
No Sábado de Zé Pereira
Ou no domingo debaixo da bandeira
Do Bloco da Saudade, Pierrot.
Olha as estrelas lá em cima
Olha o Galo lá na pista
Olha as meninas de artista.
Olha a vida, Pierrot
Nessa madrugada que finda
Nesse baile que acaba
Nessa banda que para
Nessa vida que agarra
toda a vida da gente.
CORO DE MÁSCARAS
- Pois o Carnaval não se acaba
Jamais, nem depois de amanhã
Nem depois de depois.
Mas a Banda se cala
E cai nossa máscara
E a vida interrompe
Noss'eterna alvorada.
COLOMBINA
- Mas o Carnaval é só até hoje, Pierrot!
Nossas máscaras, é só hoje, Pierrot!
Hoje de madrugada, meu amor!
Jamais, nem depois de amanhã
Nem depois de depois.
Mas a Banda se cala
E cai nossa máscara
E a vida interrompe
Noss'eterna alvorada.
COLOMBINA
- Mas o Carnaval é só até hoje, Pierrot!
Nossas máscaras, é só hoje, Pierrot!
Hoje de madrugada, meu amor!
CARNAVAL Nº II - Pierrot.
"Manhã"
"Manhã"
PIERROT
- Mas não chora não, Colombina
Tem até quarta-feira de cinzas
Pra gente se amar e viver como
você diz, Colombina.
Vou fazer seresta pra você
Vou te mostrar a vida que não acaba
pois 'inda não é meio-dia, meu amor.
Nem sei teu nome, mascarada
Só que tu és minha eterna namorada
Nessa festa que não finda
Nessa vida qu'ilumina
Tudo o que eu não posso ver
Na ladeira, na esquina.
CORO DE MÁSCARAS
- A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e nosso amor.
PIERROT
- Não chora não, Colombina, 'inda nos resta
os clarins que anunciam o fim.
Corre agora, Colombina!
Sobe a ladeira comigo,
Cria um frevo matutino,
Acorda o vizinho,
Adormece o menino (na esquina da vida)
Na esquina de Olinda,
Colombina.
Falta toda uma manhã
Pra quarta-feira de cinzas, minha menina.
Aproveita enquanto pode, segura a máscara
Um tempo mais, por favor.
CORO DE MÁSCARAS
- A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e nosso amor.
PIERROT
- Não deixa que este amor vire cinzas, Colombina
Não deixa que ele morra como essa festa qu'ilumina
Todo o nosso amor.
- Mas não chora não, Colombina
Tem até quarta-feira de cinzas
Pra gente se amar e viver como
você diz, Colombina.
Vou fazer seresta pra você
Vou te mostrar a vida que não acaba
pois 'inda não é meio-dia, meu amor.
Nem sei teu nome, mascarada
Só que tu és minha eterna namorada
Nessa festa que não finda
Nessa vida qu'ilumina
Tudo o que eu não posso ver
Na ladeira, na esquina.
CORO DE MÁSCARAS
- A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e nosso amor.
PIERROT
- Não chora não, Colombina, 'inda nos resta
os clarins que anunciam o fim.
Corre agora, Colombina!
Sobe a ladeira comigo,
Cria um frevo matutino,
Acorda o vizinho,
Adormece o menino (na esquina da vida)
Na esquina de Olinda,
Colombina.
Falta toda uma manhã
Pra quarta-feira de cinzas, minha menina.
Aproveita enquanto pode, segura a máscara
Um tempo mais, por favor.
CORO DE MÁSCARAS
- A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e nosso amor.
PIERROT
- Não deixa que este amor vire cinzas, Colombina
Não deixa que ele morra como essa festa qu'ilumina
Todo o nosso amor.
CARNAVAL Nº III - Arlequim.
"O Meio-Dia Das Máscaras"
CORO DE MÁSCARAS
- Mas não é tudo ainda
que há para contar.
Há um homem que chora,
que chora a sonhar.
É o pobre Arlequim,
com rosas cor carmim
nas mãos, a chorar.
ARLEQUIM
- Ai de mim, que sofro assim
Cá estão as rosas que te trouxe,
Colombina.
Cá estão as lágrimas que tu trouxes,
Ó menina.
Não vale a pena esperar!
Não vale a pena me encantar!
É quarta-feira de cinzas, Colombina
E o carnaval acabou, e minha rosa murchou
Junto com o meu amor
(Meu grande amor!)
Mas tu me vistes, Colombina?
Tu ouviste? Tu sentiste o cheiro
de alecrim do pobre Arlequim?
Ai de mim, Arlequim!
Foi-se o Sábado do Pereira
E eu aqui, Arlequim!
Foi-se o Domingo de bobeira
E eu aqui, ai de mim!
Foi-se a segunda-feira
Ai de mim! Ai de mim!
E também a terça-feira.
Cadê você, meu jasmim?
Fiz a orquestra tocar mais de mil músicas
pra você. Fiz o rei momo me jurar
cama de dossel pro seu prazer.
Fiz a ladeira suavizar, e a subida reverter
Todo o calor do meu amor
Pra terra que há de me comer.
CORO DE MÁSCARAS
- Mas Colombina não via!
Colombina não podia!
Pierrot, com ela e o dia
A fazia esquecer.
Oh, Arlequim, oh, mal-amado
Recolhe tua flor
O Carnaval já acabou.
Não temos mais tempo pra você.
ARLEQUIM
Ai de mim, Arlequim!
Olha minhas rosas - cor carmim!
Olha teu perfume - é jasmim!
Olha minha erva - alecrim!
Olha teu sorriso - é o fim!
Ai de mim, Arlequim!
CORO DE MÁSCARAS
(Tira-se as máscaras)
- Olha que o Carnaval já acabou,
Olha que só há cinzas do teu amor.
Olha pra nós, inventor.
ARLEQUIM
Inventor! Inventor!
Inventor de que horror?
Não há mais nada a se ver!
Não há rostos em vosso desgosto!
Não há rostos! Não há você!
CORO SEM MÁSCARAS
- Pois o Carnaval só existe
uma vez em mil, quem sabe outro ano
Talvez, quem sabe uma vez,
Uma vez de anil.
O Carnaval dos anônimos
Das máscaras dos sem rostos
dos coros e alvoroços.
Do amor do Pierrot.
O dia brilhando, não é só o dia que brilha
É também o Meio-Dia da vida
Que anuncia o fim,
Que anuncia o sofrer.
Nossas máscaras caíram e com elas
Nossa vida se foi de você
O que resta fazer é lembrar
Do refrão sem sabor, do refrão sem amor:
A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e vosso amor.
"O Meio-Dia Das Máscaras"
CORO DE MÁSCARAS
- Mas não é tudo ainda
que há para contar.
Há um homem que chora,
que chora a sonhar.
É o pobre Arlequim,
com rosas cor carmim
nas mãos, a chorar.
ARLEQUIM
- Ai de mim, que sofro assim
Cá estão as rosas que te trouxe,
Colombina.
Cá estão as lágrimas que tu trouxes,
Ó menina.
Não vale a pena esperar!
Não vale a pena me encantar!
É quarta-feira de cinzas, Colombina
E o carnaval acabou, e minha rosa murchou
Junto com o meu amor
(Meu grande amor!)
Mas tu me vistes, Colombina?
Tu ouviste? Tu sentiste o cheiro
de alecrim do pobre Arlequim?
Ai de mim, Arlequim!
Foi-se o Sábado do Pereira
E eu aqui, Arlequim!
Foi-se o Domingo de bobeira
E eu aqui, ai de mim!
Foi-se a segunda-feira
Ai de mim! Ai de mim!
E também a terça-feira.
Cadê você, meu jasmim?
Fiz a orquestra tocar mais de mil músicas
pra você. Fiz o rei momo me jurar
cama de dossel pro seu prazer.
Fiz a ladeira suavizar, e a subida reverter
Todo o calor do meu amor
Pra terra que há de me comer.
CORO DE MÁSCARAS
- Mas Colombina não via!
Colombina não podia!
Pierrot, com ela e o dia
A fazia esquecer.
Oh, Arlequim, oh, mal-amado
Recolhe tua flor
O Carnaval já acabou.
Não temos mais tempo pra você.
ARLEQUIM
Ai de mim, Arlequim!
Olha minhas rosas - cor carmim!
Olha teu perfume - é jasmim!
Olha minha erva - alecrim!
Olha teu sorriso - é o fim!
Ai de mim, Arlequim!
CORO DE MÁSCARAS
(Tira-se as máscaras)
- Olha que o Carnaval já acabou,
Olha que só há cinzas do teu amor.
Olha pra nós, inventor.
ARLEQUIM
Inventor! Inventor!
Inventor de que horror?
Não há mais nada a se ver!
Não há rostos em vosso desgosto!
Não há rostos! Não há você!
CORO SEM MÁSCARAS
- Pois o Carnaval só existe
uma vez em mil, quem sabe outro ano
Talvez, quem sabe uma vez,
Uma vez de anil.
O Carnaval dos anônimos
Das máscaras dos sem rostos
dos coros e alvoroços.
Do amor do Pierrot.
O dia brilhando, não é só o dia que brilha
É também o Meio-Dia da vida
Que anuncia o fim,
Que anuncia o sofrer.
Nossas máscaras caíram e com elas
Nossa vida se foi de você
O que resta fazer é lembrar
Do refrão sem sabor, do refrão sem amor:
A banda acabou, a cortina fechou,
O estandarte caiu e do sonho acordou
Nossa cidade e vosso amor.
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