Para Cláudia.
Sou eu quem desmancha os castelos de areia
Sou eu quem liquefaz os sonhos alheios
Sou eu quem derrubo as idéias de outrem
Sou eu quem os mata, também.
Sou eu
Sou eu o dono do mundo
E de todas as coisas.
Sou eu a aurora
e as conchas do mar.
Sou eu a espada, a cruz
e o veneno.
Sou eu as trevas, o vento
e o chá.
Sou eu o construtor paciente,
arquiteto de nuvem e de mancha.
Sou eu a escada e a ruína,
A praça e a santa.
Sou eu
Sou eu o amargor da inveja
e a menina no quadro.
Sou eu o disseminador de discórdia
e o rubor do lábio.
Sou eu a baleia de ar
e a estrela de sal.
A ponte e o rio,
A estrada e o tronco,
A maré e o monstro,
Um beijo de mel.
É tudo, tudo.
Tudo sou eu.
Vazio.
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Cara amiga paulista,
Sei que não foi dos melhores. E sei que você faz melhor.
Mas pense direito, é de coração.
Um dia faço um de verdade, e te dou de antemão.
Não se apresse, pois pode demorar.
Mas não se desespere, terá ele antes de secarem o mar.
I. P. Araújo.
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